Dziga Vertov é do período das grandes invenções que transformaram as cidades em metrópoles. E ele trabalha muito bem isso através do registro da transformação dessas cidades através dessa modernidade tecnológica que passa a fazer parte do dia-a-dia dos habitantes. Mas mais do que isso, Vertov se preocupa com a problemática por trás da produção cinematográfica e é um dos primeiros a refletir imageticamente sobre essa produção. É um argumento para introduzir a metalinguagem no curso, conceito esse que deverá ser retomado de qualquer forma lá adiante quando falarmos de Cinema Verdade. Por outro lado temos a Escola do Cinema Britânico de Documentário, capitaneada pelo Grierson e com participação ativa do brasileiro Alberto Cavalcante, que veio a ser, anos depois, diretor dos Estúdios Vera Cruz. Ao trabalharem nessa configuração de uma linguagem comum e características semelhantes para todos os filmes produzidos pelo selo do Post Office Britânico, Grierson e demais compilaram conceitos oriundo tanto de Vertov como de Flaherty. Esse último, inclusive, também fez parte desse movimento. E criaram a primeira Escola de Documentário que está ainda hoje presente nas obras da BBC ou Channel4.
O homem com a câmera, Dziga Vertov, 1929: (fragmento)
Night Mail, John Grierson, 1932: (fragmento)
Por Ivanir Migotto (Boca)
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