sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Gigante de Ferro será exibido na TVE/RS

Dia 10 de novembro - às 22h30 na TVE, ocorre a exibição do Documentário Gigante de Ferro, primeira produção do Curso de Documentários da Faculdade Cenecista. Com uma grande repercussão o curta já foi exibido também na RBSTV no espaço Curtas Gaúchos. 

O argumento do documentário, de autoria do aluno Isaac Merlo, aborda o surgimento estrada de ferro conhecida como Ferrovia do Trigo, que foi construída nos anos 1960 e 70, pelo governo militar, para escoar a produção do Planalto até o Porto de Estrela, de onde era levado de barco para Porto Alegre.

Com depoimentos de pessoas que participaram da construção da ferrovia, de historiadores e estudiosos do tema, conta com imagens raras obtidas junto ao 6 BCOMDIV - Batalhão de Comunicação Divisionário, antigo Batalhão Ferroviário.

Juntamente com o Gigante de Ferro, será exibido o curta produzido pela Epifania Filmes - Dormentes do Tempo, que também aborda a história da rede ferroviária no Rio Grande do Sul.

Lançamento de "Eu sou mais Eu" - na última terça-feira



Ocorreu na noite de terça-feira o lançamento do documentário sobre a musicista Ana Maria Mazzotti. Confira as fotos que marcaram este evento:

































Fotografias: Ana Cris Paulus

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O Documentário curta-metragem "Eu sou mais Eu" - que narra a vida de Ana Maria Mazzotti, será lançado nesta terça-feira, 25.

O lançamento ocorrerá na Casa das Artes de Bento Gonçalves, terça-feira, 25, às 19h30min. A realização é da Faculdade Cenecista de Bento Gonçalves e com apoio Secretaria de Turismo de Bento Gonçalves, Bento Film Commission, Gran Legado Vinhos e Espumantes, Fundação Casa das Artes, A4 Comunicação Visual, e 20º Congresso Brasileiro de Poesia. O evento é aberto ao público e a entrada é franca.

O documentário é resultado da segunda edição do curso de Produção Audiovisual com Ênfase em Documentários, oferecido pelo curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Cenecista, ocorrido em 2011. Em 2010, a turma da primeira edição produziu "Gigante de Ferro - A Ferrovia do Trigo", que teve exibição na RBSTV e na TVE.

Na noite de lançamento haverá a interpretação de alguns dos títulos de Ana Mazzotti pelo pianista e tecladista bento-gonçalvense Rafael Vignatti. Após a exibição do documentário, ocorrerá um debate sobre audiovisual com Cláudio Troian - Produtor Cultural, de Caxias do Sul, Boca Migotto - Realizador Audiovisual, de Porto Alegre, Antônio Bacca – Jornalista e Escritor, de Bento Gonçalves e Gilberto Perin - Diretor do Núcleo de Especiais da RBS TV, de Porto Alegre.

- A produção aborda a história de Ana Maria Mazzotti, musicista nascida em Caxias do Sul, e que teve seus primeiros passos musicais em Bento Gonçalves. Ana Maria Mazzotti interessou-se pela música desde os seis anos. Participou de corais locais, como dos colégios Medianeira e Aparecida. Ana, depois de casar-se com Romildo Teixeira Santos, em 1971, mudou-se para São Paulo onde tocou em muitas casas noturnas. Tocou no Rio de Janeiro e na Bahia, porém quando foi convidada para uma turnê nos Estados Unidos, acabou falecendo antes do início.- O Documentário conta com o nome "Eu sou mais Eu"- uma das canções mais famosas de Ana.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Do nome È tutto vero!



O nome escolhido para o Curso de Produção Audiovisual com Ênfase em Documentário da Faculdade Cenecista de Bento Gonçalves "È tutto vero", do italiano, significa "É tudo verdade".

No Brasil, o mais importante festival de documentários e um dos principais do mundo no gênero, realizado já há mais de 15 anos é o "É tudo verdade" ou "It's all true". A intenção aqui não é plagiar o importante festival de São Paulo, até porque tal associação não faz a mínima diferença para um curso que acontece na pequena Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. Prova disso é que nas duas primeiras edições do evento, pensado para ao menos vinte alunos, tivemos uma média de dez participantes e, mesmo assim, baixamos custos e viabilizamos o curso pois acreditávamos e ainda acreditamos na importância dele para a região. 


A questão é que o mesmo nasceu da relação que temos, eu e o meu colega também idealizador do curso, Prof. Felipe Gue Martini, com a cultura local. Já há um bom tempo realizamos projetos de documentação histórica e cultural na região, com o claro objetivo de, além de contar boas histórias, de alguma forma colaborar para com a preservação da memória cultural local. Mas, são tantas as histórias, tantas as pessoas detentoras desse conhecimento oral e já tão poucas as pessoas capazes de transmitir essas histórias através do sotaque local, que era necessário incentivar outras pessoas a trabalharem tal temática. Nada melhor que descobrir talentos locais, capacitá-los e incentivá-los nessa direção.

Pois bem, assim surgiu o curso que agora está se encaminhando para a sua terceira edição. Teimosamente, e nós "gringos" sabemos o significado da teimosia, com sala cheia ou pela metade, tenho certeza que seguiremos insistindo nesse projeto. Porque acreditamos que dessa semente germinará um Umbú. Prova disso é que a partir do curso já nasceu o Núcleo de Produção Audiovisual do Curso de Publicidade e Propaganda, agora com incentivo financeiro da própria Faculdade Cenecista e já com um grupo fixo de colaboradores.
 Isso significa dizer que uma cidade como Bento Gonçalves, com o tempo e a luta desse grupo, se tornará referência regional na produção audiovisual da mesma forma que Santa Maria é para o centro e Pelotas para o sul do Estado. Este é o objetivo a ser atingido.

Bueno, dito isto, segue a pergunta: mas afinal, por que "è tutto vero"? Ao turista, que muito viaja para a região da Serra Gaúcha, por exemplo, fica fácil perceber a proliferação de estabelecimentos comerciais com nomes em italiano. Muitas vezes, inclusive, escritos na grafia incorreta, mas facilmente percebidos como uma forma de associação da região com a Itália, de onde a maioria dos imigrantes colonizadores da Serra Gaúcha são oriundo. É pizzaria "Sapore d'Italia", confeitaria "Il dolce gusto", restaurante "Mamma Mia" e muitos outros exemplos. O exagero na busca dessa associação entre Itália e região através da nomenclatura comercial, muitas vezes é equivocada. Não apenas por "forçar a barra", mas também por buscar uma relação com uma Itália que não é a mesma daquela de onde vieram os imigrantes a partir de 1875. Naquela época, inclusive, a Itália nem um país unificado era.

Ou seja, falta muitas vezes falta um embasamento cultural mais sólido para se perceber que o dialeto italiano, por exemplo, falado na Serra, não é menos importante que o italiano gramatical, ou que a comida feita pela mãe, do mesmo jeito que ela aprendeu com a "nonna", e que é diferente de qualquer prato que se encontre hoje na itália, não é menos gostosa nem menos interessante gastronomicamente que uma "carbonara original", e sim, são apenas coisas diferentes. As primeiras são locais, são originais e são a nossa referência direta com uma Itália que não existe mais. E, justamente por  esse motivo, podem até ser  mais valiosas do que buscar uma relação forçada com uma Itália contemporânea da qual pouco temos aproximidade. Prova disso é que muitos estudiosos italianos, e isso acontece também nas regiões de colonização alemã, polonesa, suiça e francesa, vem para a Serra Gaúcha estudar as nuances culturais que lá já não são percebidas. Ou seja, nós somos o último link com essa Itália do final do século XIX e isso, ao contrário de ser ruim, é de um imenso valor cultural.

Visto isso, decidimos também nós brincarmos com essas ironias locais através do nome do Curso. "È tutto vero" é mais um evento local que busca uma associação com essa Itália mãe de todos, mas que tenta, justamente o contrário, valorizar e preservar aquilo que é nosso, e essensialmente nosso. Antes que se perca para sempre.

Por Boca Migotto

"A melhor coisa que aconteceu. E é tutto vero, viu!" - Depoimento de Matheus Piccoli

Depoimento de Matheus Piccoli, nosso primeiro diretor, do documentário Gigante de Ferro. Hoje é aluno do Curso de Realização Audiovisual na Unisinos. No ano passado participou novamente do Curso de Documentários È Tutto Vero.


"Apesar de minha primeira experiência ter sido com TV, ainda em Farroupilha, foi no curso da Faculdade Cenecista de Bento Gonçalves que pude sentir as verdadeiras dificuldades e prazeres de produzir um audiovisual. No É Tutto Vero!, tive a oportunidade de dirigir o documentário de curta-metragem intitulado "Gigante de Ferro - A Ferrovia do Trigo" - guiado pelos mestres Felipe Gue e Boca Migotto -, divisor de águas para a decisão que tomei logo em seguida: ingressar no Curso de Realização Audiovisual, da Unisinos. Em Bento, fiz amizades, (re)descobri a região e, principalmente, a cultura da Serra Gaúcha. Conheci e construí personagens, previstos e imprevistos no roteiro, dos quais nunca vou me esquecer. O ‘Gigante’ me deu muito mais que um portfólio, me rendeu um crescimento pessoal e profissional fundamental para o que quer que eu fosse fazer, mesmo que não tivesse uma relação direta com o audiovisual. De fato, as pinceladas teóricas, concretizadas pelo exercício prático, me motivaram a fazer o curso pela segunda vez. E este é um dos diferenciais: ele não se repete. Posso garantir que cada aula, cada colega, cada história é única. A estrutura pode ser a mesma, mas toda vez que penso no curso, sinto que as possibilidades são tantas quanto as de quando se encontra um dos entrevistados pela primeira vez - e mais ainda depois que começamos a conversar! Confesso o desejo de participar da terceira (e talvez eu faça mesmo), mas por enquanto me contento em escrever sobre a melhor coisa que já me aconteceu até agora. E é tutto vero, viu!"

terça-feira, 4 de setembro de 2012

È Tutto Vero - 3ª Edição





Venha contar suas histórias. Dos produtores de “Gigante de Ferro” e “Eu sou mais eu”

O curso de Produção em Audiovisual da Faculdade Cenecista de Bento Gonçalves já se tornou uma tradição. Além dos documentários com destaque no Estado, forma realizadores atentos e interessados. É uma rara oportunidade de refletir sobre produção audiovisual e cultural na região, contar histórias, compartilhar momentos de criatividade e expressão. E integrar um dos primeiros Núcleos Audiovisuais da Serra Gaúcha voltado para realização de documentários autorais. Não perca a chance de ser um protagonista.

Destaques:
O curso que deu origem ao documentário “Gigante de Ferro”, primeira produção local de Bento Gonçalves exibida no Curtas Gaúchos da RBSTV. Aulas com a equipe da série da RBS TV Sapore d’Itália”, gravada em Bento Gonçalves em maio de 2011. Integração com o recém-criado Núcleo Audiovisual da Faculdade Cenecista de Bento Gonçalves, que conta com voluntários e profissionais interessados em cinema, com viabilização de recursos para produção de audiovisuais em nível regional.


Professores
Felipe Gue Martini: Jornalista e Mestre em Ciências da Comunicação (Unisinos), Especialista em projetos sociais e culturais (UFRGS).
Ivanir Migotto: Mestre em Ciências da Comunicação (Unisinos). Graduado em Publicidade e Propaganda (Unisinos) e Especialista em Cinema. Realizador audiovisual para a RBSTV.
André Roali Maioli: Graduado em Publicidade e Propaganda pela Unisinos. Fotógrafo profissional desde 1987 e Diretor da empresa Majola Pró Vídeo LTDA.

Carga Horária
54 Horas. Início do curso  05 de Outubro.
Período: 05/10 a 11/11 (05 e 06/10, 19 e 20/10, 27/10, 10 e 11/11)
Horário das aulas: 
Sextas: 19h30min - 22h30min = 3h/aula
Sábados: 9h – 18h = 8h/aula - das 6h – 18h (nos dias de gravação) 
Domingo: 6h – 18h = 12h/aula 

Módulo I
História, escolas e estilos de documentário 
Primeira fase: de Lumière e o cinema de atualidades a Robert Flaherty e a
narrativa documental.
Segunda fase: Vertov, Construtivismo Russo e a Escola do documentário inglês
de John Grierson.
Terceira fase: a câmera de 16mm e a revolução da verdade: Irmãos Drew e o
Direct Cinema nos EUA e Jean Rouch e o Cine Veritè na França.
Quarta fase: Documentário pós-anos 60 e a revolução digital.
Documentário no Brasil: ontem, hoje e, quem sabe, amanhã.

Módulo II
Técnicas de produção de documentários 
Pesquisa e roteiro de documentários: discussão e definição sobre argumento a
ser realizado pelo grupo.
Direção de produção de documentários.
Produção executiva: projetos, leis e programas de incentivo.
Direção em documentários: Noções de iluminação e fotografia

Módulo II
Fotografia 
Princípios e técnicas de fotografia e iluminação
Introdução à Fotografia still
Introdução à Fotografia para audiovisual

Módulo IV
Gravação do Documentário.

Inscrições: 01 de setembro a 03 de outubro.

Investimento: R$ 800,00 

Com desconto especial para acadêmicos da Faculdade Cenecista de Bento Gonçalves e para alunos que já participaram de outras edições. 
Mais informações através do e-mail: publicidade@cnecbento.com.br - acesse o site http://faculdade.cnecbento.com.br/curso/extensao/producao-de-documentario ou pelo fone 54 3452 4422.

20 Vagas disponíveis.



Depoimento do Diretor

Produtor Cultural Cláudio Troian em depoimento a  José Martin Estefanon 
(Foto: Deise Chagas)
















Aluno do Curso de Documentários, e diretor de "Eu sou mais Eu" , José Martim, defendeu a história da musicista Ana Mazzotti como seu argumento para construção do documentário,  foi também personagem da narrativa abordada, assim eles nos deixa seu depoimento sobre a experiência:

"Houve uma preocupação em abordar a história da Ana Mazzotti: tínhamos que dar conta da pessoa, da mulher e, principalmente, da artista. Por ser alguém que começou a trilhar sua carreira em Bento Gonçalves tínhamos um comprometimento maior em relatar da forma mais próxima possível da garra e perseverança de seu sonho de ser reconhecida como artista musical. Seu legado artístico é ímpar, rico, cheio de energia e personalidade. O documentário vem de encontro a essa mulher: a de reafirmar a sua presença no cenário musical nacional. 
Gostaria de agradecer à Faculdade Cenecista pela oportunidade de realizar o documentário e a inestimável e fantástica equipe técnica e aos professores Boca Migotto e Felipe Gue Martini."

José Martim Estefanon